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27/09/2023 às 08h31min - Atualizada em 27/09/2023 às 08h31min

Fazenda apresenta panorama econômico de SC em reunião com dirigentes da Fecomércio

Fazenda apresenta panorama econômico de SC em reunião com dirigentes da Fecomércio

Redação

Em reunião com dirigentes da Fecomércio, a Secretaria de Estado da Fazenda apresentou um panorama das contas públicas e falou das próximas ações do Fisco. Atendendo a convite do presidente Helio Dagnoni, o secretário Cleverson Siewert abordou basicamente três questões: os primeiros resultados do Plano de Ajuste Fiscal de Santa Catarina (Pafisc), o lançamento do Recupera Mais e aspectos importantes da Reforma Tributária que tramita no Senado. 

Os assuntos envolvem diretamente os empresários que atuam nos segmentos de comércio e serviços. “Nós não temos todas as respostas, mas estamos abertos ao diálogo, dispostos a construir soluções”, disse. O diretor Dilson Jiroo Takeyama (Administração Tributária) e o consultor executivo Julio Cesar Marcellino Jr. também participaram da reunião.

Em pouco mais de uma hora de conversa, o secretário apresentou os principais dados econômicos de SC. Destacou, por exemplo, o desempenho da arrecadação em 2023 e observou que o crescimento real nos primeiros oito meses não ultrapassou a barreira dos 3% – no mesmo intervalo do ano passado, por exemplo, a arrecadação cresceu 5,1%, enquanto no mesmo período de 2021 a alta real foi de 19,8%.

Os números, explicou o secretário, estão confirmando as projeções da própria SEF apresentadas no diagnóstico das contas públicas no início deste ano. A mesma análise mostrou a necessidade de o Governo do Estado buscar o equilíbrio das finanças e reduzir o custo da máquina pública. Em março, foi lançado o Pafisc para buscar R$ 2,1 bilhões em novas receitas, garantir a economia de R$ 2,2 bilhões em despesas e folha e diminuir em 20% a burocracia.

“Gestão se faz por atipicidade. Com medidas de controle em relação à folha e com a redução de gastos de custeio, material permanente e equipamentos, economizamos até julho cerca de R$ 425 milhões dos R$ 1,1 bilhão mapeados”, adiantou o secretário.

Em 2022, o aumento da folha dos servidores foi de R$ 3,5 bilhões, cinco vezes a média histórica em um único ano. Com a suspensão de concursos públicos e novas nomeações, salvo exceções pontuais, o crescimento total da folha em 2023 está projetado em R$ 1,1 bilhão. Ou seja, muito mais próximo do crescimento médio na última década, de aproximadamente R$ 700 milhões a cada ano.

Recupera Mais – Considerado o maior programa de recuperação fiscal da história de Santa Catarina, o Recupera Mais também teve sua lógica detalhada pelo secretário da Fazenda. Siewert explicou que o programa, lançado neste mês de setembro, segue o propósito de ajuste fiscal promovido no Pafisc, com opção de até 95% de desconto sobre multas e juros nos pagamentos à vista. 

A iniciativa atende aos pleitos dos empresários catarinenses, mas também leva em conta a queda na arrecadação estadual no período pós-pandemia. Assim, o Recupera Mais contempla dois objetivos macro: permite que as empresas se regularizem e fiquem em dia com o Fisco, mas também garante a entrada de receitas extraordinárias para buscar o desenvolvimento do Estado e a implementação de políticas públicas.

A projeção do Governo de SC é recuperar R$ 1,5 bilhão de um total aproximado de R$ 16 bilhões em impostos já inscritos em dívida ativa nos últimos dez anos  — o cálculo é baseado nos resultados obtidos em programas anteriores. 

Outras medidas de incentivo ao bom pagador, destacou o secretário, serão contempladas no âmbito do Pafisc. Ainda no próximo ano, o governo deverá instituir um programa de classificação do contribuinte para garantir tratamento diferenciado àqueles com bom histórico de conformidade fiscal.

Reforma Tributária – Embora reconheça a necessidade de simplificar o modelo tributário brasileiro, Siewert reiterou o entendimento de que a proposta aprovada em julho pela Câmara dos Deputados não contempla totalmente nenhuma das cinco principais mudanças defendidas pelo Governo de SC, colocando em risco a autonomia e até mesmo prejudicando o Estado. 

Na exposição aos dirigentes da Fecomércio, o secretário explicou que o objetivo do Governo de Santa Catarina, compartilhado com o Fórum Parlamentar Catarinense e entre os governadores que integram o COSUD – Consórcio de Integração Sul e Sudeste, é garantir representatividade aos Estados e definir valores e critérios de divisão dos recursos do Fundo de Compensação dos Benefícios Fiscais e Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. 


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