Redes SociaisInovar e trazer alimentos de qualidade foram os fatores que levaram Laíla Ribeiro, a CEO da startup Fazendas Bioma. Com sede em Florianópolis, Santa Catarina, as fazendas urbanas verticais são inteligentes e possuem o objetivo de democratizar o acesso a alimentação de qualidade em hortaliças frescas e de produção local.
Os superalimentos, como são chamadas as hortaliças produzidas pelo sistemas, são cultivados sem agrotóxicos e frescos e dessa maneira comerciantes e varejistas podem cultivar hortaliças para que os clientes tenham acesso a produção local de alimentos. A resolução da Fazendas Bioma trás a produção agrícola à comercialização ao instalar fazendas virtuais que controlam o ambiente para o melhor crescimento das plantas como a iluminação, temperatura, irrigação e umidade.
Segundo a CEO, Laíla Ribeiro, o objetivo inicial do projeto sempre foi causar um impacto positivo na sociedade e no planeta por meio da sustentabilidade, por isso a melhor escolha foi seguir a área da agricultura , que é um meio de poder para a transformação ambiental.
“Nosso desejo era tornar as hortaliças mais acessíveis à maior parte de pessoas, realmente agregar na questão nutricional das pessoas. A gente também quer poupar recursos naturais com essa produção, dando mais eficiência para a agricultura e trazendo menos desperdícios, poupando diversos impactos negativos da cadeia logística de produção tradicional e do modo de produção tradicional de hortaliças”, explica a CEO.
Microverdes: brotos do futuro
Os microverdes presentes nas Fazendas verticais são vegetais colhidos ainda na fase inicial da vida e são até 40 vezes mais nutritivos do que plantas já adultas. Por serem comercializados nessa fase, a fragilidade dos pequenos brotos ainda é alta oque torna o cultivo em escala comercial mais difícil. O objetivo da startup também consiste em disponibilizar esse alimento para a sociedade, tornando ele cada vez mais acessível.
“Estamos investindo cada vez mais para que se torne uma produção mais barata e mais acessível, e também todos os impactos positivos em relação à cadeia,tendo uma produção urbana a gente tem menos transporte, menos emissão de gases, na agricultura vertical a gente usa menos solo, menos água, então 90 % menos água, 95 % menos terra para produzir uma quantidade de alimentos, a gente usa os espaços urbanos também ociosos para se tornarem espaços produtivos de alimentos e fora toda a experiência de consumo que geramos, trazendo as fazendas para dentro das cidades e as pessoas conseguindo se reconectar com a produção de alimentos de uma forma limpa, transparente e contentável”, pondera Laíla.
Dificuldades no percurso inovador
O ecossistema inovador criado pela advogada trouxe uma nova perspectiva à produção agrícola, já que o segmento ainda é muito novo no país. Os estudos relacionados a essa tecnologia e até mesmo sobre o desenvolvimento das hortaliças foi um longo caminho de aprendizado para Laíla e seu sócio. A CEO ainda ressalta a dificuldade de inclusão no mercado, já que a Fazenda é ligada diretamente à inovação.
Empreender no mundo de startups é receber aprendizados pessoais e inúmeros desafios, assim aconteceu com Laíla que decidiu empreender longe de sua área de formação, a advocacia. o que acarretou mais desafios a caminhada.
“Já pensei em desistir várias vezes, é uma jornada, não é fácil realmente, tem que ter muito propósito, muita motivação, tem que acreditar muito no que tá fazendo, então pra mim não faria nenhum sentido se eu estivesse fazendo algo talvez pelo dinheiro,sem nenhum propósito maior por trás.Hoje o que me prende muito é olhar pra tudo que a gente já construiu, todo caminho que a gente percorreu, onde a gente tava, onde a gente tá, o que a gente ainda pretende conquistar, olhar pra nossa equipe também, ver quantas pessoas também acreditam no projeto, então são coisas que hoje me motivam muito e que me fazem ser cada vez mais forte em relação a desistir”, expõe a empresária.
Atualmente são seis Fazendas instaladas, duas delas no varejo em supermercados em Florianópolis, e quatro delas estão na sede da startup que opera em dois modelos para descobrir o modelo ideal para a produção em escala.
